Tu
não desistirás...
Uma
reflexão sobre o amor de Deus por nós e nosso relacinamento com
Ele.
Está
noite enquanto orava ao Senhor e escutava a musica do clamor pelas
nações intitulada “tu não destirás”, refleti quanto ao amor
de Deus por nós. O texto de partida para essa reflexão é Efésios
3.17-19.
“...e
oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam,
juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento,
a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede
todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude
de Deus.”
Paulo em
sua carta disse que orava para que não somente os cristãos de
Éfeso, mas todos os santos pudessem estar enraizados e alicerçados
em Cristo Jesus em amor, e desta forma todos pudessem entender a
largura, comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo que
excede todo entendimento , e desta forma todos pudessem ser cheios da
plenitude de Deus.
Largura e
comprimento falam da extensão do amor de Cristo por nós, já altura
fala da estatura desse amor, mas esse amor não tem apenas extensão
e estatura ele também é profundo que nos mostra que é insondável.
A
extensão desse amor podemos contemplar nos braços abertos de
nosso SENHOR naquele madeiro, a extensão desse amor é o suficiente
para abraçar, receber todos aqueles que com um coração humilde se
rendem a esse amor, é grande o suficiente para abrigar todos os
pecadores que se rendem em todas as épocas, desde aqueles que
contemplaram esse amor pelas sombras da antiga aliança, quanto
aqueles que contemplaram e tem contemplado esse amor em sua realidade
debaixo da nova aliança.
A
estatura deste amor alcança os mais altos céus, até a sua
fonte que é o trono de Deus, esse amor é tão alto que não pode
ser medido por métodos humanos e somente pelo Espírito podemos
medi-lo.
E quanto
sua profundidade ele é tão profundo
que desceu as partes mais baixas do abismo para nos resgatar, esse
amor fez com que nosso Senhor deixasse as alturas em toda sua glória
para desser as regiões mais baixas e sendo na forma de Deus, não
levasse em conta essa grandiosa posição, mas se humilhasse ate o
ponto de morrer como um amaldiçoado no madeiro. Essa profundidade
nos fez entender que seu amor por nós é insondável.
Quando
olhamos a extensão, a
estatura e a profundidade do amor
do Senhor por nós então entedemos o que Paulo disse, que esse amor
excede todo o nosso conhecimento, nunca compreenderemos em sua
plenitude esse amor, mas ainda assim podemos ser cheios de uma
compreensão arrebatadora.
Veja o
que Cantares de Salomão tem a acrescentar nesta reflexão, o
capitulo oito de cantares nos seus versiculos de seis a sete:
“Coloque-me
como um selo sobre o seu coração; como um selo sobre o seu braço;
pois o amor é tão forte quanto a morte, e o ciúme é tão
inflexível quanto a sepultura. Suas brasas são fogo ardente, são
labaredas do Senhor. Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os
rios não conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse
todas as riquezas da sua casa para adquirir o amor, seria totalmente
desprezado.”
Quando a
amada compreende o amor de seu amado, quando ela entende a extensão,
a estatura e a profundidade desse amor, a amada faz um pedido ao
amado: “coloque-me como um selo em seu
coração; como um selo em seu braço.” O que a amada
está pedindo a seu noivo amado?
Um
sinete ou selo era um anel usado na mão direita (mão da honra),
(Jr.22:24), ou carregado sobre o coração por meio de uma corrente
pendurada no pescoço (Gn. 38:18). Era emblema de autoridade (com.Gn.
41:42; I Reis 21:8) e portanto o sinete ou selo era muito precioso.
O
simbolismo é a expressão do desejo irresistível da esposa de ser a
propriedade mais preciosa de seu esposo.
Diante
de um amor tão irresistivel a amada responde ao seu amado desejando
ser dele, exclusivamente dele, a amada deseja ser uma propriedade
exclusiva, deseja estar debaixo de sua autoridade e ir com ele por
onde quer que ele vá.
Ela
deseja estar em uma posição de honra diante de seu amado (selo em
teu braço ou mão direita), como também ela desejava ocupar um
lugar privilegiado em seu coração. A amada estava exigindo
exclusividade do amado, em uma cultura de poligamia, a amada queria
ser única ao seu amado, em contrapartida ela estava dizendo que
seria única para ele.
Quando
compreedemos a grandeza tridimensional do amor de Deus (Comprimento,
largura, altura e profundidade), então o clamor que surge em nossos
corações é que o Senhor nos tome como propriedade preciosa dele e
isso exigirá de nós que rompamos com nossos amantes neste mundo,
passaremos a ser excluisivamente do Senhor.
Esse
amor é expresso no verso sete como um fogo que não pode ser
apagado, pois ele é intenso e vigoroso, “...as
muitas aguas não podem apagar esse amor...”, as muitas
aguas falam das lutas, as aflições, as tribulações, as torrentes
inimigas que se levantam para apagar ou arrastar esse amor, mas
segundo cantares estas muitas águas serão ineficazes em seu
propósito. Por que esse amor é tão resistente?
Porque
este amor é um fogo do Senhor, ou seja, ninguém pode amá-lo se não
for incendiado por ele, somos tão miseraveis em nosso caminhar que
não temos a minima capacidade de amar ao Senhor. Só podemos amá-lo
se do alto formos incendiados de amor pelo Senhor, pelo seu fogo o
Espirito Santo. (Rm 5.5)
Esse
amor não tem sua fonte em nossa capacidade de amar, pois se assim
fosse facilmente seria apagado, mas por ser um amor produzido pelo
Senhor as muitas águas não podem contra ele.
Entenda
esse amor não pode ser comprado: “Se
alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa para adquirir o
amor, seria totalmente desprezado.” Não
existe nada que possamos fazer para obter esse amor, a única coisa
que podemos fazer é nós apropriarmos pela fé na obra do calavário,
só podemos se deixar incendiar como a palha seca que se entrega ao
fogo para ser consumida essa deve ser nossa atitude diante do fogo do
Senhor.
Nenhuma obra nossa
pode aumentar ou diminuir o amor que ele sente por nós e não há
nada que possamos fazer para amá-lo a não ser nos debrussarmos
sobre a cruz do calvário. Se tentarmos comprar seu amor seremos
desprezados. Pois ele nos fez agradaveis (extremamente favorecidos) a
si no Amado. (Ef 1.6)
Irmãos como
precisamos crescer no conhecimento desse amor em sua extensão
tridimensional, pois não existe outra maneira de nos relacionarmos
com ele se a base não for seu amor, Paulo disse que orava para que
os cristãos estivessem enraizados e alicerçados no Senhor em amor,
ou pelo amor. Não existe outra maneira que possamos servi-lo se não
pelo amor.
Onde
a base para servir, seguir ao Senhor é a lei (medo) não está o
verdadeiro amor, pois: “No
amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor;
porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em
amor.” 1 João 4:18
Qual é a base de seu
relacionamento com o Amado?
“...e
oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam,
juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento,
a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede
todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude
de Deus.”
por
Marcio Gonçalves (Ap)